Feira Literária de Estreito é invadida por protesto político prejudicando as atividades escolares.

Feira Literária de Estreito é invadida por protesto político prejudicando as atividades escolares.

Estreito (MA), 31 de maio de 2025

O que deveria ser uma manhã dedicada à educação, à cultura e ao talento dos alunos da rede municipal de ensino foi transformado em uma encenação política. A Feira Literária de Estreito, promovida pela Secretaria Municipal de Educação como parte integrante da grade curricular, ou seja, uma aula pública oficial, foi interrompida por um protesto promovido pelo Sindicato dos Servidores da Educação, com gritos, faixas e muito barulho.

Enquanto os alunos se preparavam para apresentar seus projetos, ler suas produções e mostrar o que aprenderam nas salas de aula, parte dos professores sindicalizados decidiu virar as costas para os estudantes e transformar o evento em um palanque de interesses políticos e sindicais. Para eles, parece que a valorização da educação só importa quando serve de vitrine para a própria vaidade.

Todo servidor tem direito à manifestação. Mas usar um evento pedagógico, previsto no calendário escolar, com presença de crianças, famílias e comunidade, para encenar um protesto político é de um oportunismo vergonhoso. O sindicato e parte dos professores que o seguem escolheram atacar exatamente o evento que mais valoriza a produção estudantil para gritar contra a Prefeitura. E o fizeram no momento em que deveriam estar incentivando os alunos, aplaudindo seus esforços e prestigiando sua criatividade.

Mais grave ainda foi a participação de alguns vereadores que, sem sequer saber que estavam dentro de um evento escolar, se juntaram ao coro do sindicato como se aquilo fosse mais um comício de esquina. Talvez tenham confundido literatura com militância, ou aula com assembleia.

E como explicar o comportamento de certos educadores que defendem a valorização da educação com palavras, mas ignoram o trabalho dos próprios alunos? Professores que viraram as costas para seus estudantes para segurar faixas e gritar palavras de ordem. Onde estava o compromisso com a educação nesse momento? Onde ficou o exemplo?

Não houve nota da Secretaria de Educação, tampouco da Prefeitura. E diante do cenário, talvez o silêncio institucional tenha sido a melhor resposta à barulheira orquestrada por quem decidiu usar a escola como palco para fazer campanha sindical.

A Feira Literária foi encerrada. Mas os alunos mereciam mais. Mereciam respeito. Mereciam um dia de celebração, não de confusão. Mas, ao que tudo indica, o sindicato e seus seguidores estavam mais preocupados em lacrar nas redes sociais do que em ensinar dentro da escola.

Em vez de incentivar o pensamento crítico dos estudantes, decidiram monopolizar o microfone para repetir um velho script: o da politicagem mal disfarçada de “luta por direitos”.

Se o objetivo era valorização da educação, começaram mal. Boicotaram a própria aula para atacar a Prefeitura. E quem perdeu com isso, mais uma vez, foram os alunos

Share this content:

Publicar comentário